
ASKAPE
A ASKAPE é uma escola dedicada à prática e ao ensino do Karatê-Do Shorin-Ryu, com foco não apenas na técnica, mas na formação do caráter, disciplina e espírito de superação.
Fundada em Petrolina, a ASKAPE acredita que o Karatê vai além do dojô — é um caminho de vida que forma pessoas fortes, responsáveis e preparados para os desafios do mundo.


Missão
Promover o desenvolvimento do Karatê na região do Vale do São Francisco, formando praticantes capazes de dominar técnicas eficazes de defesa pessoal e estimulando o crescimento pessoal por meio da disciplina, do respeito e do aprendizado contínuo.
Visão
Cultivar uma comunidade vibrante de praticantes da ASKAPE, de todas as idades e origens, que inspire outras pessoas a alcançar todo o seu potencial dentro e fora do tatame.
Valores
• Respeito
• Disciplina
• Resiliência
• Comunidade
• Aprendizado Contínuo
História da ASKAPE — 50 Anos de Tradição, Perseverança e Budô
A história da ASKAPE começa em 1975, movida por um chamado inesperado e quase profético. Um amigo do sensei teve um sonho no qual ambos abririam uma academia de Karatê em Juazeiro — e que essa iniciativa prosperaria. Inspirados por essa visão e motivados pelo desejo profundo de propagar a nobre Arte do Karatê, os dois iniciaram uma jornada que mudaria o cenário das artes marciais no Vale do São Francisco.
O primeiro dojô funcionava com simplicidade e coragem: um pequeno salão na Rua Valério Pereira, 165, no Coliseu. A estrutura era mínima, os recursos escassos e o número de alunos reduzido. Durante nove meses, apenas dois alunos treinavam regularmente. Em três meses, o amigo que fundou a academia ao lado do sensei desistiu, mas ele permaneceu, chegando a treinar e ensinar mesmo nos dias em que só conseguia fazer uma refeição. A ASKAPE nasceu assim: sustentada pela fé, pela disciplina e pelo espírito de superação.
Naquela época, os primeiros apoiadores foram essenciais. Joe Luiz Jacobina, professor que acompanhou o sensei na fundação, e o aluno José Alves de Oliveira formaram o pequeno núcleo inicial. A academia seguia de forma totalmente independente, contando apenas com a ajuda de José Alves e, como diz o sensei, “do soberano DEUS”. O nome ASKAPE — Associação de Karatê de Petrolina — refletia a missão de levar o Karatê a toda a cidade.


Evolução ao Longo das Décadas
Com o passar dos anos, a ASKAPE cresceu, evoluiu e acompanhou as transformações naturais do Karatê. Na década de 80 e início dos anos 90, a arte marcial se tornou uma verdadeira febre na região. O número de alunos foi tão grande que, em alguns períodos, os treinos precisaram ser realizados na praça por falta de espaço dentro da academia.
O Karatê dos anos 70 e 80 era marcado por mais contato, mais intensidade e menos recursos. Hoje, embora modernizado, preserva a essência que fundamentou as primeiras turmas: disciplina, respeito e busca incessante pelo aperfeiçoamento. Ao olhar para essa trajetória, o que mais orgulha o sensei é observar alunos transformados — pessoas que melhoraram sua qualidade de vida, seu caráter e seu caminho pessoal por meio do Karatê.

Filosofia, Identidade e Tradição
Na ASKAPE, o Karatê é vivido como caminho de vida. O sensei evita comparar com outras escolas, mas afirma com clareza:
aqui, aprende-se Karatê como arte marcial e formação humana, onde disciplina, humildade e humanidade devem sempre prevalecer.
A filosofia Shorin-Ryu está presente no cotidiano do dojô, orientando a busca constante pelo aprimoramento — no corpo, na mente e no espírito. Manter viva a tradição significa não abandonar as raízes e preservar o espírito Budô, mesmo em meio às modernizações necessárias ao longo do tempo.
A ASKAPE também se tornou um espaço de construção de comunidade. Famílias inteiras encontraram ali convivência, amizade, respeito e comunhão. O dojô formou não apenas atletas, mas pessoas melhores, fortalecidas por valores que levam para toda a vida.

Legado e Futuro
O desejo do sensei é que as futuras gerações mantenham o Karatê Shorin-Ryu vivo na região, treinando com afinco, dedicação e determinação — muito além da teoria. Para os próximos anos, ele enxerga uma ASKAPE que segue se modernizando, mas sem jamais abandonar o Budô.
A sede atual da academia, segundo ele, já é um presente de Deus. E a mensagem para todos os karatecas resume o espírito dessa história:
“Ergam as mangas do kimono e treinem — com força, garra e determinação. Só os fracos ficam no meio do caminho. Que nossas fraquezas e desculpas não sejam a causa do fracasso da nobre Arte. Oss.”
Curiosidades e Memórias
Entre tantas histórias marcantes, uma delas ilustra bem o início difícil e a providência que acompanhou a academia. Em um período crítico, quando poucos alunos treinavam, um homem chamado Expedito passou pela porta do dojô. Ao ouvir sobre as dificuldades da escola e possuindo duas padarias, ele matriculou todos os funcionários no Karatê. O sensei relata com emoção:
“Foi uma história inesquecível. Vi a Mão de CRISTO.”
Ao longo dos anos, muitos outros alunos marcaram seu caminho, como José Alves, Damasceno, Ilson Torres, Josenir Soares e Dr. Antônio Paulo. Cada um deixou uma marca especial na história da academia.
E entre os símbolos mais valiosos guardados pelo sensei está sua primeira faixa, tão usada que voltou a ficar branca — um lembrete de que tudo começa e se sustenta na humildade.




